O Brasil e a Proteção da Camada de Ozônio: uma parceria bem-sucedida entre governo, setor produtivo e sociedade.

Brasil mira espuma que não agride nem ozônio nem clima

Os países signatários do Protocolo de Montreal, assinado em 1987, conseguiram, nos últimos 20 anos, eliminar quase que totalmente a produção de CFCs (clorofluorcarbonos), nocivos à camada de ozônio. Em grande parte, no entanto, essa eliminação só foi possível graças à substituição pelos HCFCs (hidroclorofluorcarbonos), gases com menor potencial de destruição do ozônio, mas que contribuem para o aquecimento global.

Por isso, a partir de 2007 o próprio texto do Protocolo passou prever também o combate aos HCFCs. Nesse sentido, o Ministério do Meio Ambiente e o PNUD lançam nesta semana uma iniciativa para tentar substituir esses gases HCFCs num dos maiores consumidores, o setor de poliuretanos — composto usado na fabricação espumas rígidas e flexíveis para geladeiras, aparelhos de refrigeração, isolamento térmico e acústico, acentos de cadeira e apoios de braço, entre outros. O HCFC dá maleabilidade às espumas,e por isso é muito usado pelos cerca de 1.500 fabricantes de poliuretanos, que consomem cerca de 4.800 toneladas do gás anualmente.

Algumas empresas já o substituem por hidrocarbonetos ou HFCs (hidrofluorcarbonos). Recentemente, o grupo de projetos do Protocolo de Montreal, do PNUD, concluiu um estudo que indica a viabilidade do formiato de metila. Há ainda um estudo com metilal em andamento, a ser concluído em novembro.

Com o intuito de mostrar os resultados obtidos com o formiato de metila para o setor de poliuretanos, o PNUD e o Ministério do Meio Ambiente estão organizando o seminário “Projeto Piloto de Validação de Tecnologia Alternativa aos HCFCs (Formiato de Metila)”, que acontecerá em Curitiba, em 23 de março, das 9h às 17h.

O assessor técnico do Protocolo de Montreal no PNUD, Anderson Moreira do Vale Alves, afirma que o objetivo do evento é disseminar uma tecnologia a mais dentre as já existentes e viabilizar sua utilização, tornando possível que no futuro as empresas possam optar por ela e receber dinheiro do Protocolo para converter suas tecnologias.

O formiato de metila é uma opção ao HCFC que não afeta a camada de ozônio nem agrava o efeito estufa. No entanto, exige cuidados ao ser usado em processos fabris, já que, quando puro, é inflamável e tóxico. Mas depois de sintetizado nas espumas de poliuretano já não oferece riscos.

Outra opção já utilizada por muitos fabricantes de espumas, os hidrocarbonetos (como isobutano ou ciclopentano) não agridem a camada de ozônio nem intensificam o aquecimento global, mas são muito inflamáveis, exigindo um alto investimento em segurança, diz Alves. Já os HFCs são fortes gases estufa, desaconselhados pelo Protocolo de Montreal.

O evento em Curitiba deve contar com 120 pessoas, entre representantes de empresas, governos de outros países signatários do Protocolo, agentes implementadores (PNUD, PNUMA, Banco Mundial) e tempresas difusoras das novas tecnologias. Alves espera que o corte do HCFC nesse setor se dê rapidamente: “o prazo é até 2030, mas pode ser que esse processo acabe já em 2020, com o uso dessas outras tecnologias.”

 

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