O Brasil e a Proteção da Camada de Ozônio: uma parceria bem-sucedida entre governo, setor produtivo e sociedade.

Brasil recebe representantes do Fundo Multilateral para avaliar implementação de projeto do Protocolo de Montreal

   

Para avaliar os resultados do Projeto demonstrativo para o gerenciamento de chillers, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e implementado pelo PNUD, o Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal enviou a oficial de monitoramento Angelica Domato e a consultora especialista no setor de chiller, Marta Comte para o Brasil. A missão teve início hoje em Brasília e termina na próxima sexta-feira 12. As avaliadoras farão visitas a Cuiabá e São Paulo, onde o projeto realizou estudos de caso.

“Como este é um projeto demonstrativo, é muito importante sabermos quais foram os desafios e os principais resultados da implementação dele”, afirmou a oficial de monitoramento do Fundo Multilateral, Angelica Domato. “Esperamos usar essa experiência para implementar outros projetos em outros países ou mesmo no Brasil”, complementou.


“O Protocolo de Montreal é tido como um acordo ambiental bem-sucedido ao longo de seus 30 anos de existência. Dentre os fatores que contribuíram para esse sucesso está, sem dúvida, o embasamento técnico e científico”, afirmou o secretário de Mudança do Clima e Florestas do MMA, Everton Lucero.


O projeto foi desenhado em 2005, mas iniciou suas atividades apenas em 2012. “Por começar a ser implementado 7 anos depois, o projeto já não abordava a realidade do país, então ele precisou ser redesenhado e incluir, por exemplo, os HCFCs, pois, inicialmente estava prevista apenas a abordagem dos chillers com CFCs”, explicou a gerente de proteção da camada de ozônio do MMA, Magna Luduvice.


“Além disso, adicionamos um resultado ao projeto, o de retrocomissionamento, pois o setor demandava estudos sobre isso”, afirmou o analista ambiental do MMA, Frank Amorim.


“Retrocomissionamento é um processo de qualificação do edifício, focado em garantir o conforto do usuário, e que traz, por consequência, a eficiência energética e diminuição de custos para o edifício”, explicou o especialista em chillers Tomaz Cleto.


“O projeto realizou quatro estudos de retrocomissionamento, sendo dois deles em edifícios públicos, em Cuiabá e Fortaleza, e dois em edifícios privados, em São Paulo”, explicou o especialista em chiller Maurício Rodrigues ao apresentar os resultados de cada retrocomissionamento realizado no âmbito do projeto.


“Essa foi a primeira vez que a eficiência energética foi amplamente discutida em um projeto do Protocolo de Montreal”, pontuou o coordenador regional para os projetos do Protocolo de Montreal pelo escritório do PNUD para a América Latina e o Caribe, Kasper Koefoef.


Além da melhoria em eficiência energética e do sistema de ar-condicionado, uma das funções-chave do retrocomissionamento é capacitar a equipe de operações para manter esse sistema otimizado, afirmou Cleto.


Para capacitar o setor tanto em relação a retrocomissionamento quanto à substituição de CFC e HCFC em chillers, o projeto organizou três seminários internacionais, no Rio de Janeiro, em Fortaleza e São Paulo. Os seminários foram centrados em três principais temas para a área: fluidos refrigerantes, com ênfase em fluidos de baixo GWP; novas tecnologias de sistemas de água gelada, para reduzir consumo de energia; e aspectos operacionais e de manutenções.


“Como percebemos também que o mercado carecia de informações técnicas para a substituição de substâncias danosas para a camada de ozônio em chillers, realizamos mais dois cursos técnicos em Brasília e São Paulo”, explica Amorim. No total, cerca de 500 especialistas foram capacitados com os seminários e cursos técnicos.


O projeto deixa como legado uma série de materiais técnicos sobre sistemas de água gelada. “Toda a informação produzida pelo projeto pode ser acessada na página do Protocolo de Montreal no Brasil e do Ministério do Meio Ambiente, inclusive as palestras dos referidos cursos e seminários”, ressaltou a gerente de projeto interina do PNUD, Ana Paula Leal.

“Quando somamos tudo o que foi implementado, percebemos que foi um projeto com um impacto significativo para o país”, observou Koefoef.

 

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