Tendo em vista a vindoura redução global do consumo de HFCs, projeto apoiado pelo Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal investigou a viabilidade de alternativas aos HFCs. O gás refrigerante R290 emergiu como principal alternativa graças a sua performance superior comparada à dos sistemas tradicionais.
Pesquisadores do projeto ‘Promovendo Refrigerantes de Baixo GWP para o Setor de Ar Condicionado em Países de Alta Temperatura Ambiente’ – também conhecido como PRAHA – descobriram que aparelhos de ar condicionado que utilizam o R290 apresentam maior capacidade de arrefecimento e eficiência energética para determinadas aplicações.
O projeto PRAHA solicitou que seis fabricantes originais de equipamento (OEMs) construíssem 14 protótipos utilizando cinco refrigerantes alternativos, e enviou nove “unidades-base” operando com R22 (um HCFC) ou HFC R410A para fins de comparação direta, explica Eltaloyny et al.
A performance do propano (R290), em termos de eficiência energética e capacidade de refrigeração, foi comparada à do R22 e à do R410A em um aparelho de ar condicionador tipo split decorativo de 7 kW. Similarmente, o HFC R32, HFOs R444B, R447A e um refrigerante recentemente desenvolvido (DR-3) também foram comparados ao R22 e R410A.
De acordo com os pesquisadores, nada pôde ser concluído a partir dos HFOs R444B e DR-3, em função de os “protótipos dessa categoria serem inconsistentes” e requererem “mais pesquisa”.
Os pesquisadores apontaram que as capacidades de arrefecimento do HFO R447A e HFC-32 foram similares àquelas do R22 e R410A; porém seu “índice de eficiência energética foi menor”.
Obstáculos técnicos e não técnicos.
O estudo também apontou que ainda permanecem dificuldades no setor de aparelhos de ar condicionado no que concerne às alternativas de baixo GWP.
Os HFOs e R290 são inflamáveis. A carga limite permitida para hidrocarbonetos, pelo mundo, gira em torno de 150g.
“Há uma necessidade por melhorias significaticas na capacidade de P&D da indústria local de condicionadores de ar, principalmente em países de alta temperatura ambiente, em termos de redesignação e otimização de produtos que utilizam alternativas de baixo GWP”, dizem os pesquisadores.
Leis de direito autoral relacionadas aos HFOs “continuarão a representar um problema por algum tempo”, apontam eles.