O Brasil e a Proteção da Camada de Ozônio: uma parceria bem-sucedida entre governo, setor produtivo e sociedade.

Brasil avança na eliminação de gases que destroem a camada de ozônio

14 Setembro 2012

do PNUD

O Brasil tem bons motivos para celebrar, no próximo domingo (16), o Dia Internacional de Proteção da Camada de Ozônio. A comemoração, que neste ano também marca os 25 anos do Protocolo de Montreal, salienta importantes resultados já obtidos pelo país no alcance das metas estipuladas pelo tratado, com benefícios não só à proteção da camada de ozônio, mas também à mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

O país concluiu a eliminação dos CFCs (clorofluorcarbonos) - gases de alto poder de destruição da camada de ozônio - em janeiro de 2007, três anos antes do previsto. Nos últimos 15 anos, o trabalho desenvolvido pelo PNUD e pelo governo brasileiro, com recursos do Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal conseguiu, através de suas ações, suspender o consumo anual de 10 mil toneladas de CFCs, evitando o equivalente à emissão de 50 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera.

O Plano Nacional para Eliminação dos CFCs, aprovado em 2003, possibilitou a implantação de um sistema de recolhimento, reciclagem e regeneração de Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio (SDO) em todo o país, composto de cinco centrais de regeneração e 120 unidades de reciclagem para fluidos frigoríficos. Desde então, mais de 24,6 mil técnicos foram capacitados em boas práticas de refrigeração e mais de 200 empresas nacionais obtiveram apoio para a eliminação dos CFCs em equipamentos de refrigeração e na fabricação de espumas de poliuretano.

Esta iniciativa teve como objetivo principal controlar o passivo de SDOs no país e evitar sua liberação para atmosfera por parte das empresas do setor de refrigeração comercial e doméstica. Embora o consumo de CFCs tenha sido eliminado, ainda estão em operação equipamentos de refrigeração e ar condicionado que operam à base desses gases nocivos.

Mais recentemente, as ações implementadas nesta área têm se concentrando na eliminação dos HCFCs (hidroclorofluorcarbonos), através de um programa específico que foca suas ações no desenvolvimento de tecnologias de alta eficiência energética e alternativas de baixo carbono e no reforço de parcerias públicas e privadas.

Um exemplo dessas iniciativas é o projeto para substituir os resfriadores que utilizam CFCs e HCFCs em prédios públicos, assim como em equipamentos de refrigeração comercial em pequenos estabelecimentos - como padarias, açougues, mercados, entre outros - por equipamentos de maior eficiência energética e menor potencial de risco de aquecimento global, destruição da camada de ozônio e efeito estufa.

Com a proibição da produção mundial e da importação dos CFCs em 2010, as eventuais intervenções de manutenção nesses equipamentos começaram a gerar custo adicional na compra e carga dos fluidos refrigerantes. Por se tratar de equipamentos antigos, esses aparelhos se encontram defasados em relação aos índices de eficiência energética adotados atualmente, o que resulta em um alto consumo de energia para os usuários finais.

“As ações realizadas tanto através do Plano Nacional de Eliminação dos CFCs como do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs têm contribuído para o desenvolvimento social e econômico do país através de melhorias técnicas e financeiras em pequenas e médias empresas de diferentes setores e pela capacitação de técnicos de refrigeração”, destaca Marina Ribeiro, Gerente de Projetos do PNUD para o Protocolo de Montreal.

“Isso tem possibilitado o aumento da infraestrutura de manutenção de refrigeração em geral, garantindo a transformação para tecnologias mais limpas, evitando a perda de competitividade e de outras consequências econômicas negativas”, conclui.

Um dos principais desafios a ser enfrentados daqui para a frente é substituir os HCFCs por substâncias que não provoquem o aquecimento global, já que algumas alternativas encontradas - tais como os hidrofluorocarbonetos (HFCs) - são também gases que contribuem para as mudanças climáticas. Outro desafio é o combate ao comércio e uso ilegal de substâncias que empobrecem a camada de ozônio e a garantia de que novas substâncias químicas produzidas não representem ameaças à camada de ozônio.

Saiba mais sobre resultados já obtidos pelo Protocolo de Montreal em âmbito mundial clicando aqui.


Cerimônia

Para comemorar os 25 anos do Protocolo de Montreal e o Dia Internacional de Proteção da Camada de Ozônio, foi realizada uma cerimônia nesta sexta-feira (14) em Brasília. Participaram a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o Secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Carlos Augusto Klink, o Representante Residente do PNUD no Brasil, Jorge Chediek, entre outras autoridades.

"Dentro deste acordo global, o Brasil tem se mostrado moderno. O país agora tem condições de criar novas tecnologias e estar à frente nessa parceria", disse o Representante do PNUD. "Para enfrentar o problema da mudança climática, todos os setores da sociedade devem participar e dar a sua contribuição", acrescentou Chediek.

Na atividade foram apresentadas ações e resultados de projetos implementados através do Protocolo de Montreal no Brasil e feita a entrega de certificados às empresas beneficiadas pelo Projeto de Refrigeração Comercial.

Para a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o Protocolo de Montreal é resultado de um trabalho de cooperação e obteve sucesso porque envolveu a sociedade e o setor produtivo. "Agora o comerciante pode ter orgulho de dizer que participou da causa e afirmar que o seu produto é sustentável", afirmou a ministra durante o evento. "Obtivemos sucesso e agora o desafio é implementar o legado da Rio+20", concluiu.

Representante Residente do PNUD Jorge Chediek (esq.) e Ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira (dir.) na comemoração dos 25 Anos do Protocolo de Montreal.




Desenvolvimento Sustentável - Protocolo de Montreal - Meio Ambiente

 

 

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