O Brasil e a Proteção da Camada de Ozônio: uma parceria bem-sucedida entre governo, setor produtivo e sociedade.

Planos contra gás nocivo somam US$ 20 milhões

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai pleitear quantia junto a fundo multilateral para erradicar no Brasil o composto HCFC, que leva à destruição da camada de ozônio.

O Brasil precisa aplicar US$ 20 milhões em projetos de reconstrução dos parques industriais de empresas para conseguir reduzir o consumo do gás poluente hidroclorofluorcarbono (HCFC) no país, a principal meta da primeira fase do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs, afirma o assessor técnico do Protocolo de Montreal no PNUD, Anderson Alves.

Com o investimento, será possível impedir a liberação de 2 mil toneladas métricas do composto na atmosfera, o que equivale a uma redução de 2 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na camada de ozônio. O diagnóstico foi feito por meio de uma pesquisa nacional realizada entre 2009 e 2010 junto ao setor privado com o objetivo de medir o consumo de HCFCs. O estudo fez a análise da quantidade utilizada por cada setor e de aplicações específicas do gás em produtos.

Os resultados foram apresentados no último dia 4 em reunião que contou com a presença de representantes do PNUD e de empresas. Os dados foram usados na formulação de projetos voltados ao cumprimento das metas da primeira fase do plano, que estabelece a redução em 10% do consumo dos HCFCs no Brasil até 2015. “Por meio da pesquisa, detectamos que o nível de investimento para converter os parques industriais das empresas é da ordem de US$ 20 milhões”, explica Alves.

Ao todo, são 20 projetos contemplados, englobando mais de 300 empresas. Dessas companhias, 90% pertencem ao setor que produz espuma de poliuretano e 10% ao segmento de refrigeração e ar condicionado. A meta é que os parques industriais sejam equipados com tecnologia de baixo carbono.

Após essa etapa de reestruturação, será feita uma reavaliação da pesquisa, para verificar a necessidade de novos investimentos. “Todo esse trabalho foi feito em conjunto com o setor privado. Nós (do PNUD) ajudamos com a metodologia, com o levantamento dos dados e com a elaboração dos projetos para investimento”, ressalta.

Eliminação dos HCFCs

A agência da ONU também atua no processo de negociação para a doação dos US$ 20 milhões junto ao Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal, acordo firmado por 196 países em 1987 com o objetivo de controlar as emissões de substâncias que destroem a camada de ozônio. Os recursos são fornecidos por países desenvolvidos, os maiores emissores dessas substâncias poluentes.

Após a obtenção dos recursos, a verba é transferida para uma conta do PNUD com coordenação do Ministério do Meio Ambiente. A agência da ONU também contribui para a realização dos projetos com inovações tecnológicas.

O Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs prevê a erradicação do consumo e produção dos hidroclorofluorcarbonos até 2040. Esses gases, usados por fabricantes de espumas, solventes, aparelhos de ar-condicionado, geladeiras e extintores de incêndio, destroem a camada de ozônio do planeta e agravam as mudanças climáticas.

 

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