Na última semana uma comitiva com representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) esteve presente nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, com o intuito de contribuir com a implementação direta das ações e atividades aprovadas para o setor de manufatura de espumas de poliuretano (PU).
Estamos na reta final do projeto para o setor do espumas do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) que encerra em dezembro de 2024, e o governo brasileiro quer garantir que o maior número possível de empresas brasileiras elegíveis sejam beneficiadas pelos recursos que ainda temos disponíveis, comentou Tatiana Pereira, Analista Ambiental do MMA.
O impacto do fim da produção de HFC 365/227 para o projeto de espumas no Brasil, negociação de novos contratos e a atualização de potenciais empresas listadas no projeto de investimento a serem convertidas, foram alguns dos assuntos debatidos durante as reuniões com as Casas de Sistemas Amino (Diadema-SP), Purcom (Barueri-SP), Univar (Osasco-SP) e Polyurethane (Ibirité-MG).
O projeto para o setor de espumas foi fortemente impactado nos últimos anos pela disponibilidade comercial e a custo competitivo do HFC 365/227, uma tecnologia não apoiada pelo Protocolo de Montreal pelo seu alto potencial de aquecimento global. Com o anúncio do produtor dessa mistura de que encerrará a produção do HFC 365/227 em 1º de setembro de 2023, as empresas que estavam adiando a adesão ao projeto, podem agora rever essa decisão e contar com o apoio técnico e financeiro do projeto para realizar suas adequações e continuar competitivas no mercado, esclareceu Ana Paula Leal, Gerente de Projetos do PNUD Brasil.
Como estratégia para motivar as empresas a aderirem ao Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) foi proposto a realização de um workshop específico para os clientes das Casas de Sistemas, com o objetivo de apresentar o projeto, suas etapas e benefícios. Também foi proposto, pelo PNUD, um treinamento com o time comercial das Casas de Sistemas, para ajudar a melhorar a taxa de conversão.
O Brasil é um país continente e definir estratégias que alcancem a todas as empresas beneficiárias do PBH é um desafio tão grande quanto o país. Mas com o auxílio das Casas de Sistemas que sempre foram parceiros fundamentais para o PBH, estamos confiantes que os workshops serão exitosos e vão permitir que mais empresas conheçam o projeto para o setor de espumas e possam se beneficiar com os recursos ainda disponíveis, afirmou Karina Paez, Consultora Internacional do PNUD.
Em maio de 2023 iremos realizar reuniões com outras cinco Casas de Sistemas que participam do PBH com essa mesma motivação de tentar alcançar empresas elegíveis que ainda não tenham tido acesso aos recursos do PBH, registrou Juliana Delgado, Analista Técnica de projetos do PNUD Brasil.
Foto: Carla Rojo - visita da equipe do PNUD e MMA à Amino
Foto: Paulo Estrella Fagundes - visita da equipe do PNUD e MMA à Purcom
Foto: Arquivo pessoal - visita da equipe do PNUD e MMA à Polyurethane