O Brasil e a Proteção da Camada de Ozônio: uma parceria bem-sucedida entre governo, setor produtivo e sociedade.

RETROSPECTIVA: Brasil reduz consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio

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O Brasil alcançou diversos resultados para a proteção da Camada de Ozônio ao longo de 2019. Atualmente, o País encontra-se bem próximo de concluir sua meta de redução no consumo de Substâncias Destruidoras do Ozônio (SDOs). Falta pouco para o governo brasileiro atingir a redução de 39,3% no consumo de HCFCs, prevista para 2020, quando considerada a diminuição de 37,75% já alcançada em 2018.

Os HCFCs são usados principalmente na produção de espumas de poliuretano e de equipamentos de refrigeração e ar condicionado. Esses setores têm adotado alternativas tecnológicas ambientalmente adequadas em decorrência da implementação do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

A migração para substâncias que não agridem o ozônio estratosférico e com baixo potencial de aquecimento global atingiu, ao fim de 2019, um total de 286 empresas do setor de espumas de poliuretano. Outras 360 devem passar pelo processo de conversão tecnológica até o fim de 2020, por meio do Projeto para o Setor de Manufatura de Espumas de Poliuretano, implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

A destinação final de gases de refrigeração não regeneráveis também avançou neste ano. Agora, mais esta etapa do gerenciamento ambiental de substâncias que destroem a camada de ozônio (SDOs) está sendo concluída. Essas substâncias podem ser encaminhadas para a incineração, que já passou pela fase de testes e está em processo de licenciamento ambiental pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).

A iniciativa faz parte do Projeto Demonstrativo para o Gerenciamento e Destinação Final de SDOs, também implementado pelo PNUD. Por meio dele, são apoiados Centros de Regeneração e Armazenagem (CRAs) nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco. Neste ano, essas empresas receberam cromatógrafos de última geração para analisar o grau de pureza dos gases regenerados e assim ofertar um serviço de qualidade ao consumidor final que busca pela opção do gás de refrigeração regenerado.

 

Fluidos frigoríficos alternativos

Os resultados no segmento de refrigeração e ar condicionado incluem o desenvolvimento de equipamentos para uso de fluidos frigoríficos alternativos. Em maio deste ano, foi inaugurada a primeira linha de produção de equipamentos de refrigeração comercial à base de substância alternativa que não agride a Camada de Ozônio, por meio do Projeto para o Setor de Manufatura de Equipamentos de Refrigeração e Ar Condicionado, implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO).

O sistema, já instalado em um grande supermercado de Curitiba (PR), em abril deste ano, usa o gás natural propano, que é uma alternativa a químicos sintéticos que destroem a Camada de Ozônio. Com a finalidade de disseminar e demonstrar o projeto, uma visita à fábrica responsável pela produção do sistema, e ao supermercado contemplado, ocorreu em outubro deste ano, com a participação de diversos empresários e representantes do setor. Um novo supermercado, cuja refrigeração também será baseada em sistema semelhante, deverá ser inaugurado em Juiz de Fora (MG) no próximo ano, demonstrando uma alternativa para unidades supermercadistas de médio porte.

Até o momento sete pequenas e médias empresas que atuam na refrigeração comercial começaram a trabalhar com linhas de produção baseadas em fluidos alternativos, com resultados inovadores, destacando-se o desenvolvimento de resfriadores de bebidas com uso do fluido natural propano. Além disso, a UNIDO e o MMA realizaram, ao longo do ano, encontros com representantes do segmento para discutir e promover o uso seguro do propano, do CO2 e do HFO como alternativas às SDOs.

 

Boas práticas

No Projeto do PBH para o Setor de Serviços, implementado pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, somente na Etapa 1 do PBH, de 2015 a 2017, foram capacitados 4,9 mil técnicos em cursos gratuitos de boas práticas em sistemas de refrigeração comercial e ar condicionado.

Durante a Etapa 2 do PBH, que ocorre de 2017 a 2023, foram capacitados 3.895 técnicos (até novembro de 2019), e a meta é formar ao todo 9.238 técnicos. As capacitações acontecem em todas as regiões do Brasil em escolas técnicas parceiras do PBH.

Foram criadas, também por meio deste projeto, nove publicações técnicas, entre as quais dois livros:  Fluidos Frigoríficos Naturais em Sistemas de Refrigeração Comercial e Orientações para Uso Seguro de Fluidos Frigoríficos Hidrocarbonetos. As mais recentes publicações, lançadas em dezembro, foram os relatórios técnicos dos Projetos Demonstrativos de Melhor Contenção de HCFC-22 em Supermercados, que tratam de manutenção corretiva em sistemas existem de forma a eliminar os vazamentos de HCFCs e reduzir as perdas econômicas e ambientais.

Esses estudos de caso foram desenvolvidos em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), em duas lojas, também parceiras: Supermercado Y. Yamada Express Nazaré, localizado na cidade de Belém (PA), na região Norte, e supermercado Hortifruti do Campo Apinajés, localizado no bairro de Perdizes, em São Paulo (SP), na região Sudeste. O objetivo desses estudos é servir de modelo para outros supermercados e lojas semelhantes do varejo como casos de sucesso. 

Para 2020, além dos trabalhos de continuidade dos cursos de boas práticas na refrigeração comercial e ar condicionado, das publicações, vídeos informativos e outros, serão formatados os cursos para o uso seguro e eficiente de fluidos alternativos de baixo GWP. Também no início do próximo ano serão lançados os editais para criação dos dois centros de treinamento para o uso seguro de CO2 e de HC em sistemas de refrigeração comercial, que contarão com parceria da indústria e de escolas técnicas.

 

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