Neste ano, as altas temperaturas bateram recordes em todo o mundo. Por isso, este é um momento decisivo para realizarmos ações pelo clima.
Para encarar essa ameaça, devemos nos inspirar no Protocolo de Montreal, exemplo brilhante de como o mundo pode se unir para proteger as pessoas e o planeta.
Quando a ciência nos revelou que os clorofluorcarbonos (CFCs) e outras substâncias estavam abrindo um buraco na camada de ozônio, a qual protege toda a vida na Terra, o mundo respondeu com determinação e visão de futuro, banindo-os. Graças ao comprometimento global, espera-se que a camada de ozônio retorne aos níveis de 1980 até meados deste século.
Contudo, ainda há muito trabalho pela frente.
A histórica Emenda de Kigali, que entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2019, tem como foco os hidrofluorcabonos (HFCs), gases com alto potencial de aquecimento global ainda utilizados em sistemas de refrigeração.
Até o momento, 46 países já ratificaram a Emenda; então aproveito para instigar os demais a seguir esse exemplo e mostrar o comprometimento com um planeta mais saudável. Espero que os países demonstrem um progresso significante na implementação da Emenda de Kigali até a Cúpula do Clima que estamos organizando para setembro de 2019.
Por mais de três décadas, o Protocolo de Montreal fez muito mais do que reduzir o buraco da camada de ozônio; ele nos mostrou como a governança ambiental pode dar uma resposta à ciência e como os países podem se unir para combater uma vulnerabilidade de todos.
Convido a todas e todos para fomentarmos o mesmo espírito de luta por uma causa em comum e, especialmente, para exercermos maior liderança nos esforços para implementar o Acordo de Paris sobre a mudança do clima e mobilizar ambiciosas ações climáticas que precisamos com tanta urgência.