Para debater as melhores alternativas de substituição das substâncias destruidoras do ozônio e a implementação de projetos no âmbito do Protocolo de Montreal, o Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia organizou do I Congreso Internacional para la Gestión de las Sustancias Agotadoras de la Capa de Ozono y su contribuición a la estabilidade climática, entre 27 e 29 de setembro, em Bogotá.
“O objetivo do congresso foi debater informações técnicas e científicas mais relevantes que temos disponíveis atualmente, com especial atenção para seus efeitos na saúde e no meio ambiente, com o apoio também da indústria e da academia”, ressaltou o Vice-Ministro de Meio Ambiente da Colômbia, Carlos Alberto Botero.
Dentre os participantes da academia, o especialista em espumas de poliuretano e co-coordenador do Comitê de Opções Técnicas para Espumas Rígidas e Flexíveis (FTOC) do Protocolo de Montreal, o brasileiro Paulo Altoé, ressaltou que, no mundo, são produzidos 25 milhões de toneladas de espuma por ano, e que essa proporção aumenta, pelo menos, em 3% ao ano em países em desenvolvimento.
“Em 2016, contudo, um terço dos HCFCs utilizados nesse setor em países em desenvolvimento haviam sido convertidos a agentes de baixo potencial de aquecimento global, como hidrocarbonetos, HFO e metilal”, pontuou o especialista durante o evento.
Já o o-coordenador do Comitê de Refrigeração, Ar-Condicionado e Bombas de Calor (RTOC), o brasileiro Roberto Peixoto, ministrou palestra sobre as alterativas de fluidos naturais para o setor, com foco para o CO2.
“A mensagem é para a população em geral se informar e se preocupar com as questões ambientais e ajudar os programas que a unidade técnica de ozônio desenvolve, de consciência ambiental, de treinamento, procurar produtos que não tenham substâncias que destroem a camada de ozônio”, afirmou o especialista.
A equipe de implementação do Protocolo de Montreal no Brasil esteve representada no congresso pela Analista Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Tatiana Oliveira, e pela Assessora Técnica do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Raquel Rocha.
“O Congresso foi relevante e inovador, uma vez que tivemos a oportunidade de aprender com palestrantes reconhecidos tecnicamente por sua excelência e atuação nos comitês técnicos do Protocolo de Montreal, bem como se pôde conhecer um pouco mais sobre as experiêcias desenvolvidas na Colômbia e que podem ser aproveitadas pelo Brasil”, pontuou a analista do MMA.
“O evento foi muito instrutivo em cada área apresentada – espumas, refrigeração, extinção de incêndio, resíduos. A Colômbia convidou especialistas que nos trouxeram informações importantes e recentes dos setores. As atualidades e a troca de experiências são elementos que, certamente, contribuirão muito com o sucesso dos projetos brasileiros”, complementou a assessora técnica do PNUD.
O congresso terminou com o anúncio de que, este ano, registrou-se o menor tamanho do buraco na camada de ozônio desde 1988. A notícia foi confirmada em Bogotá pela Secretária Adjunta da Secretaria do Ozônio, Megumi Seki, convidada especial do encontro.